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sábado, 28 de novembro de 2009

IPIRANGA: TOM DA FELICIDADE


Às cinco horas da manhã o alarme dispara, ele bem que tentou me informar que estava na hora de acordar, porém, não lhe dei ouvido. Se não fosse a Paula Fernanda (minha prima que veio passar o final de semana em casa) eu teria me atrasado para o compromisso inadiável e intransferível deste sábado, 03 de outubro de 2009.
Levanto-me às pressas e o chuveiro cumpre a terrível missão de acordar alguém que dormira apenas duas horas e alguns minutos na noite anterior.
Acordo o meu filho para irmos buscar a Leda e em seguida nos dirigimos ao terminal rodoviário. Hoje não temos mordomia iremos pegar um ônibus que sai entre seis e seis e meia, para chegarmos ao Ipiranga antes dos cursistas. Ao adentrarmos o terminal o ônibus já estava na plataforma, foi só o tempo de correr dois lances de escada para comprar as passagens. Ufa! Cinco minutos de atraso teria complicado tudo.
Leda é a primeira a embarcar e fica brincando com o sensor eletrônico da porta interna do ônibus indo e voltando para guardar nossos pertences, enquanto eu espero o motorista colocar uma caixa na gaveta.
Deixamos o terminal para trás e seguimos pela Avenida Transamazônica. O sol que já havia se levantado tentava nos aquecer através do vão da cortina da janela, porém, o ar refrigerado impedia-o de cumprir tal função.
O ônibus faz uma parada na saída da cidade para embarque de uns passageiros e uma agradável surpresa: Ana Teresa e Jerusa (cursistas de Paquetá) iam conosco, pois, a perua que as transporta quebrou. Após os cumprimentos efusivos elas tomam seus assentos enquanto eu procuro a toalha na bolsa, me agasalho e tento cochilar.
Fecho os olhos e penso nas visitas que abandonei em casa: Netinho (meu primo quase irmão) que mora em São Paulo e veio passar doze dias no Piauí, dos quais dois ficaria comigo em Picos, e Fernanda, grávida de seis meses, com o filhinho de dois anos e meio que moram em Massapê do Piauí onde deixou o marido para ficar em nossa companhia... As lembranças vagueiam e me pego visualizando a Fernandinha criança vivaz, polida, educada, linda! Com seus expressivos olhos azuis esverdeados.
Penso nos laços afetivos que nos mantém atada esta tríade, apesar da diferença de idade. Netinho beirando os trinta, eu com quarenta e seis e Fernanda no limiar dos vinte. Na companhia deles exerço a função de mãe, amiga e irmã.
Acho que dormi um pouco. O ônibus faz outra parada, o motorista anuncia: “Ipiranga!” Indago sobre o horário. Ana Teresa informa “sete e trinta”. Fazemos o pequeno percurso da rodoviária à Secretaria de Educação, ela e Jerusa nos ajuda com a bagagem.
O dia está lindo, a cidade parece nos saudar com um “bom dia!” As palmeiras altas da secretaria balançam ao vento como que querendo nos abraçar. Francisca já está a postos e verbaliza a mensagem que a cidade tentava passar: ”Bom dia! Sejam bem vindas!”
Aos poucos os cursitas vão chegando emprestando vida ao espaço. Às oito horas principiamos os procedimentos de praxe (acolhida, exibição de um slide e reflexão) na sequência fazemos a exposição teórica do conteúdo “Perto ou longe?”.
Às dez horas paramos cerca de dez minutos para o lanche e retomamos a abordagem. Leda se empolgou com a ampliação e redução através de homotetia. Os cursistas demonstraram um notável interesse reduzindo e ampliando também.
Ao meio dia paramos para o almoço. Francisca nos convida (Lêda e eu) para almoçarmos na casa dela. O cardápio estava impecável... Deste jeito corremos o risco ficarmos mal acostumadas e querer voltar sempre a Ipiranga mesmo depois do término do curso.
Às treze horas voltamos e exibimos imagens (impressas e virtuais) nas quais se constatam a ilusão de ótica. As professoras pareciam crianças de tão deslumbradas.
Prosseguindo com nosso temário apresentamos a lenda da Torre de Hanói, seguida da experimentação do jogo com material concreto e também online.
A tarde ameaçava despedir-se de nós quando propusemos a elaboração dos registros e encerramos os trabalhos.
Francisca solicitou ao condutor de uma van que fosse até a secretaria para nos conduzir a Picos, ele atendeu prontamente e no final da tarde foi possível retornar sem o menor problema. Na entrada da cidade já avistei o “Xurupita” (nosso transporte) então liguei para meu filho nos levar em casa.
Sinto-me imensamente feliz depois que mudamos a formação para o Ipiranga, a comodidade relativa ao deslocamento somada à hospitalidade do pessoal dão o tom desta felicidade.

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