Tia Justina e Ronildo: foto datada de 14.11.79, em Picos-PI
Quem conhece
tia Justina há de concordar que é uma pessoa íntegra, justa, amável, generosa,
bondosa... Um ser humano que consegue agregar todas as qualidades positivas. Que
é paradoxalmente um ser singular e plural e que emana uma energia transcendental.
Tia Justina
está nas minhas melhores memórias de infância... Na voz afetuosa da compreensão
de quem perdoava as artes de uma menina arteira e que também despertava a
curiosidade do imaginário infantil ao contar as histórias de
“trancoso” e cantá-las.
“Heleninha era
uma moça, filha de um rico doutor. Adauto era um rapaz pobre, mas, era
trabalhador. Desde eles pequenos que segui naquele amor. Heleninha só você
alivia minha. Meu coração ta entregue naquele buquê de flor.”
Tia Justina é o
cheiro de suave de guloseimas de infância. Ela mesma inventava pratos que
enchiam os olhos e davam água na boca, tudo para satisfazer os caprichos de uma menina que vivia de
mal com as comidas. Bolo de goma em latinhas de sardinha, capitão de feijão,
mel de rapadura com casca de laranja, caldinho verde (carne batida, cheiro
verde, farinha torrada).
Além de
mestre-cuca, ela também é modista, estilista, autora dos meus mais belos
vestidos de pequena mimada. Será sempre a responsável pelo brilho das minhas
retinas ao vislumbrava o vestido novo. E como se não bastasse, fez a minha cabeça durante toda a minha infância e adolescência, no sentindo literal e metafórico. Sempre teve o mais sábio conselho nos momentos difíceis e a melhor orientação quando eu perdia o norte, como também cuidava das minhas loiras e lisas madeixas, quer fazendo lindas tranças ou belos cortes.
Tia Justina é a
personificação do afeto... É a minha fada do bem! Está no espelho da memória,
nos sabores mais doces, nos aromas mais suaves, nas cores mais perfeitas. E
permanece no abraço carinhoso que me enlaça.
Viva Tia Justina! Viva muito! O
seu viver me faz imensamente feliz.
Registro do aniversário de Netinho em 19 de janeiro de 1991.
Arriscar-se a falar de um ser que de tão humano se confunde com o divino é complicado. Tia Justina não cabe nas palavras, portanto, impossível será definir esta mulher que é um referencial de amor e de todos os sentimentos nobres inerentes ao ser humano.
Um comentário:
Engraçada essa vida, tia Justina, na realidade e nossa prima de segundo grau,mas aprendemos a amá-la e a chamá-la de tia e ficou por tia, e que tia nos temos.O mais interessante nessa historia, e que ela tem tantos irmaõs, e so a ela eu a chamo de tia.Felidades minha tia-prima, que como Ana citou é autora de muitas coisas boas que a mim também aconteceram na infancia.....Feliz aniversario, feliz ano novo, seja essa pessoa sempre FELIZ que tem sido ate hoje....bjos, eu também te amo muito.
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