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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Justina: um nome que faz jus a personalidade e ao caráter da pessoa.


Tia Justina e Ronildo: foto datada de 14.11.79, em Picos-PI


Quem conhece tia Justina há de concordar que é uma pessoa íntegra, justa, amável, generosa, bondosa... Um ser humano que consegue agregar todas as qualidades positivas. Que é paradoxalmente um ser singular e plural e que emana uma energia transcendental.
Tia Justina está nas minhas melhores memórias de infância... Na voz afetuosa da compreensão de quem perdoava as artes de uma menina arteira e que também despertava a curiosidade do imaginário infantil ao contar as histórias de “trancoso” e cantá-las.
“Heleninha era uma moça, filha de um rico doutor. Adauto era um rapaz pobre, mas, era trabalhador. Desde eles pequenos que segui naquele amor. Heleninha só você alivia minha. Meu coração ta entregue naquele buquê de flor.”
Tia Justina é o cheiro de suave de guloseimas de infância. Ela mesma inventava pratos que enchiam os olhos e davam água na boca, tudo para  satisfazer os caprichos de uma menina que vivia de mal com as comidas. Bolo de goma em latinhas de sardinha, capitão de feijão, mel de rapadura com casca de laranja, caldinho verde (carne batida, cheiro verde, farinha torrada).  
Além de mestre-cuca, ela também é modista, estilista, autora dos meus mais belos vestidos de pequena mimada. Será sempre a responsável pelo brilho das minhas retinas  ao vislumbrava o vestido novo. E como se não bastasse, fez a minha cabeça durante toda a minha infância e adolescência, no sentindo literal e metafórico. Sempre teve o mais sábio conselho nos momentos difíceis e a melhor orientação quando eu perdia o norte, como também cuidava das minhas loiras e lisas madeixas, quer fazendo lindas tranças ou belos cortes.   
Tia Justina é a personificação do afeto... É a minha fada do bem! Está no espelho da memória, nos sabores mais doces, nos aromas mais suaves, nas cores mais perfeitas. E permanece no abraço carinhoso que me enlaça. 
Viva Tia Justina! Viva muito! O seu viver me faz imensamente feliz. 
Registro do aniversário de Netinho em 19 de janeiro de 1991.
Arriscar-se a falar de um ser que de tão humano se confunde com o divino é complicado. Tia Justina não cabe nas palavras, portanto, impossível será definir esta mulher que é um referencial de amor e de todos os sentimentos nobres inerentes ao ser humano. 

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Janeiro: tempo de encontro.


O mês de janeiro é assim uma espécie de tempo de encontro. Os familiares e amigos que moram em outras cidades e em outros estados voltam e de repente a gente sente aquela sensação “da alegria do encontro”.
Durante este mês vivi esta alegria repetidas vezes, e vários momentos alguém resolveu trazer a tona à sessão saudade. Tal sessão girou em torno de um programa de rádio que fiz nos anos 2002 e 2003. 
Era na verdade um encontro de amigos, uma conversa pluri-temática onde foram abordados assuntos sérios relacionados à problemática social, econômica, política e cultural brasileira e cotidianidades, tudo regado à poesia e MPB. Em uma hora de programa diário eu conseguia reunir amigos e fazer novas amizades.
A amizade de Carlos Eugênio é um presente que o “Recital 99” me trouxe e que permaneceu, sobrevivendo assim, ao fim o programa.  Por indicação de Vilebaldo, ele foi nosso convidado especial em um programa, convocado pelo público ouvinte, voltou e fez belíssimas participações em dois ou três programas, sem dúvida nenhuma, os maiores picos de audiência.
Além de assuntos ligados à conjuntura brasileira contemporânea, ele versa com muita facilidade sobre literatura, MPB, e como se não bastasse, toca violão, canta, e canta bem!  
Desde então, janeiro traz de presente Carlos “O Gêniototalmente desprovido de vaidades, orgulho ou qualquer tipo de presunção, apesar de fonte inesgotável de informação e sabedoria, ele é de fato a personificação da humildade. Como diz meu filho adolescente, “ele é o cara”!
Neste janeiro, com sempre, Carlos chegou, porém, logo que botou os pés em solo picoense sua agenda estava completa. Quem não conseguiu agendar um encontro, uma visita com Eugênio (“Ele Gênio”) segue em romaria os passos dele. Como não agendei antes, não tive alternativa, senão, segui-lo, assim o fiz.
Fui à casa de Vilebaldo e Rozângela  vivenciar a alegria do encontro com Carlos Eugênio, Marineide e a linda Flora, Marinísia, Marli e Júnior, Ivo Farias, etc. Numa outra ocasião, o reencontro ocorreu na casa da Marli com mais pessoas e muita música... Impressionante a facilidade que Carlos tem de agregar amigos.
Esperemos o próximo janeiro para reencontramos "Elegênio" !
Foto do arquivo pessoal de Carlos Eugênio

Este texto (uma espécie de brinquedo) foi escrito em janeiro de 2011... Neste janeiro (2012) Carlos Eugênio não veio, então resolvi publicá-lo. Assim, sem revestimento literário ou recursos de retórica... Apenas um tributo ao amigo!